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Mostrando las entradas de noviembre, 2008

JOSÉ LUÍS PEIXOTO

Arte poética, del poemario A criança em ruínas Arte poética o poema não tem mais que o som do seu sentido, a letra p não é primeira letra da palavra poema, o poema é esculpido de sentidos e essa é a sua forma, poema não se lê poema, lê-se pão ou flor, lê-se erva fresca e os teus lábios, lê-se sorriso estendido em mil árvores ou céu de punhais, ameaça, lê-se medo e procura de cegos, lê-se mão de criança ou tu, mãe, que dormes e me fizeste nascer de ti para ser palavras que não se escrevem, lê-se país e mar e céu esquecido e memória, lê-se silêncio, sim, tantas vezes, poema lê-se silêncio, lugar que não se diz e que significa, silêncio do teu olhar de doce menina, silêncio ao domingo entre as conversas, silêncio depois de um beijo ou de uma flor desmedida, silêncio de ti, pai, que morreste em tudo para só existires nesse poema calado, quem o pode negar?, que escreves sempre e sempre, em segredo, dentro de mim e dentro de todos os que te sofrem. o poema não é esta caneta de tinta preta, n

LA MUERTE NIÑA

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Hoy lloré sobre mi cadáver Tardé tanto en aceptar la primera muerte que he comenzado a envejecer sin haber parido ni una sola vez

GUIÓN PARA UN SUEÑO

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1. Exterior / Medio día / Media calle ----------------------------------------- Aparezco No sé cómo llegué Un gruñido me persigue Me roza los tobillos Desaparezco 2. Interior / Noche cerrada / Puerta cerrada ---------------------------------------------------- Tengo frío La piel hecha jirones De mi frente sale una luciérnaga Voy a correr tras ella Me desvanezco 3. Subacuático / Irrespirable -------------------------------------------- Floto sobre una medusa La luz replegada bajo una roca Ilumina una burbuja Abro la boca para comérmela Me diluyo 4. Arriba / Sostenida por una estrella imposible -------------------------------------------------------- Dios me mira Pregunto por qué no me he ido Va a dejarme caer Abro los ojos y no despierto